Nas últimas décadas a utilização da ultrassonografia tem aumentado significativamente na avaliação do paciente gravemente enfermo. Sendo hoje praticamente uma extensão do exame físico dessa população, podendo disponibilizar dados diagnósticos importantes e informações de extrema valia para a monitorização desses pacientes, mudando, assim diagnósticos e condutas.
Um dos principais investigadores dessa aplicação, o Dr. Daniel Lichtenstein caracterizou muito bem esse espectro da utilização atual do US na UTI ao dar para seu último livro o título: ˜The Whole Body Ultrasound˜. Uma vez que praticamente todo nosso corpo pode ser avaliado direta ou indiretamente através do US, como podemos ver na tabela abaixo:
Muitos diagnósticos podem ser dados e condutas serem alteradas com a realização da ultrassonografia a beira do leito de UTI. Pacientes com suspeita de hipertensão intracraniana e que não podem ser submetidos a outros exames de imagem mais tradicionalmente empregados (como a tomografia de crânio, por exemplo), podem ser avaliados com a aferição do diâmetro da bainha do nervo óptico, pela ultrassonografia transocular. Bem como na avaliação de sinusite em pacientes com febre de origem indeterminada, ou ainda a ultrassonografia pulmonar a qual tem sido amplamente estudada e já é um exame validado e com boa acurácia para o diagnóstico da maioria das patologias pleuro-pulmonares.
A monitorização hemodinâmica ultrassonográfica tem a grande vantagem de ser não-invasiva e dinâmica, podendo aferir dados de pré-carga, pós-carga e contratilidade. Sendo considerado, portanto, um ótimo método para guiar condutas baseadas nos dados hemodinâmicos obtidos.
Com essa apresentação inical, começaremos uma série de postagens sobre a utilização do US na UTI, procurando divulgar ainda mais a técnica. Com o intuito de ampliar a utilização do US na UTI.
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